sexta-feira, 26 de março de 2010

Inês de Castro

Deveria estar escrito em algum lugar celeste, a meio caminho entre a noite e a aurora, ou nas inscrições apagadas, cobertas pelo pó, do capitel de alguma coluna de um castelo medieval, perdido da luz, que este fosse o maior, mais belo, mais trágico e mais falado amor de toda a História de reino de Portugal. Muito, muito para além das fronteiras naturais de lugar, quis o destino que os episódios da vida deste casal se fizesse lenda e fossem contados, não raras vezes, com novos detalhes acrescidos à narrativa original, por poetas, dramaturgos cronistas, romancistas e músicos, por terras de Espanha, Itália, França e, enfim, um pouco por toda a parte, por onde soaram os passos revoltados de D. Pedro e o perfume doce de Inês de Castro. Todos já dele e dela ouviram falar e conhecem, em três ou quatro linhas, o essencial de sua história. (…)

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